A percepção dos líderes de auditoria interna sobre a influência da rotatividade da equipe na qualidade dos serviços de auditoria interna
DOI:
https://doi.org/10.22567/rep.v11i2.921Palavras-chave:
Auditoria Interna, Governança Corporativa, RotatividadeResumo
A rotatividade do auditor independente/externo foi alvo de pesquisas e debatido entre pesquisadores, reguladores e empresas de auditoria, existindo uma norma em vigor, a Instrução CVM nº 611. Este artigo procura contribuir com o tema de rotatividade da equipe de auditoria interna, uma vez que há uma lacuna a este respeito, apontando vantagens e desvantagens desta prática. O artigo tem como objetivo analisar a percepção dos líderes de auditoria interna sobre a influência da rotatividade da equipe na qualidade dos serviços de auditoria interna. Para alcançar esse objetivo, foi realizado um estudo qualitativo por meio de um questionário online disponibilizado para os líderes de auditoria interna. Foram obtidas 114 respostas válidas. Os resultados da pesquisa indicam que, na percepção dos líderes de auditoria interna, a rotatividade da equipe influencia negativamente no valor/qualidade da auditoria interna e, consequentemente, no valor agregado desta para a organização e, portanto, deve ser evitada. A pesquisa demonstrou que, considerando-se o fator rotatividade do auditor interno, apenas 47% dos respondentes concordam que o valor/qualidade da auditoria interna tem influência positiva no valor da empresa, enquanto, sem o fator rotatividade, este percentual sobre para 87%. O artigo apresenta contribuições significativas a serem levadas em consideração no estabelecimento de estratégias pela alta administração (conselho de administração, comitê de auditoria ou presidência) ou acadêmicos.
Referências
Abdolmohammadi, M. J., Burnaby, P. A. & Hass, S. (2007). A global summary of the common body of knowledge 2. The IIA Reseach Foundation.
Arruñada, B. Audit Quality: Attributes, Private Safeguards and the Role of Regulation (2000). The European Accounting Review 9(2), 205-224. Disponível em <https://ssrn.com/abstract=224593>. Acesso em 14 janeiro 2021.
Attie, W (1987). Auditoria Interna. 1ª.ed. São Paulo: Atlas.
Barbadillo, E. R., Aguilar, N. G., Barberá, C. F. & Benau, M. A. G. (2004). Audit quality and the going-concern decision-making process: Spanish evidence. European Accounting Review, 13:4, 597-620. Disponível em <https://www.researchgate.net/publication/228306471_Audit_Quality_and_the_Going_Concern_Decision_Making_Process_Spanish_Evidence>. Acesso em 16 janeiro 2021.
Brasil. Decreto nº 20.158, de 30 de junho de 1931. Organiza o ensino comercial, regulamenta a profissão de contador e dá outras providências. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-20158-30-junho-1931-536778-republicacao-81246-pe.html>. Acesso em 07 janeiro 2021.
Brasil. Decreto-Lei nº 7.988, 22 de setembro de 1945. Dispõe sobre o ensino superior de ciências econômicas e de ciências contábeis e atuariais. Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-7988-22-setembro-1945-417334-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em 07 de janeiro 2021.
Brasil. Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965. Disciplina o mercado de capitais e estabelece medidas para o seu desenvolvimento. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4728.htm>. Acesso em 07 janeiro 2021.
Brasil. Resolução nº 220, de 10 de maio de 1972. Estabelece condições constantes do regulamento para a auditoria dos demonstrativos contábeis das empresas registradas no Banco central do Brasil e para o registro de auditores independentes. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/1972/pdf/res_0220_v1_O.pdf>. Acesso em 07 janeiro 2021.
Brasil. Circular nº 179, de 11 de maio de 1972. Dispõe sobre as normas gerais de auditoria. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/1972/pdf/circ_0179_v2_l.pdf>. Acesso em 08 janeiro 2021.
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Instrução CVM nº 611, de 15 de agosto de 2019. Altera a Instrução CVM nº 308. Disponível em <http://conteudo.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/600/Inst611.pdf >. Acesso em 18 janeiro 2021.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Resolução CFC nº 317/72, de 14 de janeiro de 1972. Dispõe sobre a inscrição de auditor independente. Disponível em: <https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/RES_317.pdf>. Acesso em 08 janeiro 2021.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC). NBC TA 200 de 19 de agosto de 2016. Dispõe sobre os objetivos gerais do auditor independente e a condução da auditoria em conformidade com normas de auditoria. Disponível em <https://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA200(R1).pdf>. Acesso em 21 fevereiro 2021.
Crepaldi, S. A (2011). Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 7.ed. São Paulo: Atlas.
Franco, H. & Marra, E. (2001). Auditoria contábil. 4.ed. atual. São Paulo: Atlas.
Horita I. E. Y., Mendes, P. C. M. & Niyama, J. K. (2008). Controle de qualidade dos serviços de auditoria independente: um estudo de comparativo entre as normas brasileiras e as normas internacionais. Revista UnB Contábil, 11 (1-2), 312-328.
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Disponível em <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detInstitucional.php?cod=1>. Acesso em 12 janeiro 2021.
Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA BRASIL). Disponível em: <https://iiabrasil.org.br/ippf>. Acesso em 05 fevereiro 2021.
Nternational Federation of Accountants. International Education Standard IES 8 – Competence Requirements for Audit Professionals. Disponível em <https://www.ifac.org/system/files/publications/files/ies-8-competence-requirem-1.pdf>. Acesso em 17 fevereiro 2021.
International Federation of Accountants. International Standard on Auditing 200. Disponível em <https://www.ifac.org/system/files/downloads/a008-2010-iaasb-handbook-isa-200.pdf>. Acesso em 21 de fevereiro 2021.
Lys, T. & Watts, R. L. (1994). Lawsuits against Auditors. Journal of Accounting Research, vol. 32, pp. 65–93. JSTOR. Disponível em . Acesso em 28 fevereior 2021.
Mascarenhas, A. M. C. (2010). A auditoria interna e a criação de valor. Lisboa: ISCTE. Dissertação de mestrado. Disponível em www:<http://hdl.handle.net/10071/2851>. Acesso em 05 fevereiro 2021.
Mendes de Luca, M. M., Martins, L. C., Ribeiro Maia, A. B. G. & Coelho, A. C. D. (2010). Os Mecanismos de Auditoria Evidenciados pelas Empresas Listadas nos Níveis Diferenciados de Governança Corporativa e no Novo Mercado da Bovespa. Contabilidade Vista & Revista, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 101-130, Disponível em: https://revistas.face.ufmg.br/index.php/contabilidadevistaerevista/article/view/817. Acesso em: 28 fevereiro 2021.
Mendonça, D. C. F. (2005). O papel da auditoria interna no âmbito das empresas privadas. 72 f. Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas-FASA, Uniceub, Brasília, DF.
Morais, G. & Martins, I. (2007). Auditoria interna: função e processo. 3ª ed. Lisboa, Áreas Editora.
Nagy, A. (2005). Mandatory Audit Firm Turnover, Financial Reporting Quality, and Client Bargaining Power: The Case of Arthur Andersen. Accounting Horizons - ACCOUNT HORIZ. 19. 51-68.
Pinheiro, J. L (2005). Auditoria interna: Criar Sucesso. Revista de Auditoria Interna, n. 22, out./dez..
Pott, C., Mock, T. J. & Watrin, C. (2008). The effect of a transparency report on auditor independence: practitioners’ self-assessment. Review of Managerial Science, 2(2), 111-127.
Ruiz-Bardillo, E., Gómez-Aguilar, N., Fuentes-Barberá, C. & Garcia-Benau, M. A (2004). Audit Qualiy and the Going-concern Decision-making Process: Spanish Evidence. The European Accounting Review, 13(4), 597-620.
Santi, P. A. (1988). Introdução à auditoria. São Paulo: Atlas.
Saravani, S. & Abbasi, B. (2013). Investigating the influence of job rotation on performance by considering skill variation and job satisfaction of bank employees. Tehnicki Vjesnik. 20. 473-478.Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/285994440_Investigating_the_influence_of_job_rotation_on_performance_by_considering_skill_variation_and_job_satisfaction_of_bank_employees>. Acesso em 20 fevereiro 2021.
Silveira, T, S, J., Silva, B, R., Smolareck, D, R. & Ferrari, A, A. (2010). Avaliação da ambiência interna da URI Santiago através da escala de Likert modificada para fins de planejamento estratégico. X Colóquio Internacional sobre Gestión Universitaria en América del Sur. Mar del Plata. Mar del Plata. Argentina.
Trotman, A. J. & Duncan, K. R. (2017). Internal audit quality: insights from audit committee members, senior management, and internal auditors. Auditing: a Journal of Practice & Theory, v. 37, n. 4, p. 235-259.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 REVISTA ENIAC PESQUISA

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.