Endividamento público nas capitais brasileiras:
Uma análise do comportamento da dívida
Palabras clave:
Endividamento Público, Capitais Brasileiras, Teoria da DívidaResumen
O estudo analisa o comportamento da dívida pública nas capitais brasileiras no recorte temporal de 2018 a 2022. Os dados foram coletados nos sites do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), através do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO). Para o controle do efeito da inflação, os dados monetários foram atualizados com base no IGP-M do mês de dezembro, trazidos ao valor presente. Na análise dos dados, foram utilizadas as medidas de tendência central, teste de correlação de Person e o nível de significância. Dentre os principais resultados, destaca-se os indicadores “peso relativo da dívida” (DC/PIB) e “Grau de Endividamento” (DC/RCL) apresentam correlação positiva e significância a um nível de 1%, isso significa que quanto maior o esforço que uma economia realiza para atender o pagamento da dívida, maior será o comprometimento do Governo em arrecadar recursos para quitar as suas obrigações ou amortizar a dívida. Foi capaz de observar no estudo que as capitais brasileiras não destinam grande quantidade de recursos para atender aos investimentos. Conclui-se que as capitais não enfrentam problemas com endividamento, porém, esses mesmos municípios, podem ter dificuldades em contribuir com o pagamento da dívida através da tributação, onde, no estudo, essa dívida sofre acréscimos ano a ano, o que pode ocasionar efeitos negativos para a população, como maior incidência de impostos que compromete a renda dos munícipes, além de afetar o seu poder de compra.
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