Avaliação de vida útil econômica do ativo imobilizado do setor avícola
DOI:
https://doi.org/10.22567/rep.v10i2.779Palavras-chave:
vida útil econômica, CPC-27 – ativo imobilizado, setor aviculturaResumo
A contabilidade brasileira iniciou seu processo de convergência aos padrões internacionais de contabilidade com a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que é o órgão responsável pela emissão e estudo dos pronunciamentos que são balizadores do processo. O processo inicial se deu pela lei 11.638/2007, e em decorrência das alterações introduzidas por ela, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis emitiu o CPC 27, que trata especificamente do assunto Ativo Imobilizado, no qual um dos tópicos é sobre avaliação da vida útil econômica para fins de depreciação. O presente artigo buscou responder a seguinte pergunta: as empresas do setor de avicultura no Brasil, estão aplicando o conteúdo do CPC 27 – Ativo Imobilizado, a respeito do conceito de vida útil econômica para fins de cálculo da depreciação? A pesquisa consistiu em conectar a prática, utilizando os questionários respondidos pelas empresas do setor avícola, avaliando o objetivo da aplicação do conceito de vida útil econômica para fins de depreciação, atrelado ao uso do ativo em função da sua condição de geração de benefícios econômicos para entidade que os controla, e utilizando também testes estatísticos para comparação das médias. O questionário apresentou indagações, a fim de identificar aplicação dos conceitos, vida útil média por subgrupos de ativo imobilizado, relevância do custo x benefício de sua aplicação, e impacto nas demonstrações. Apesar de mais de dois terços considerarem que a avaliação da vida útil econômica para fins de cálculo da depreciação tem efeito relevante nas demonstrações financeiras, sua aplicação prática não mostrou o mesmo nível.
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