AUTODETERMINAÇÃO DE PROSTITUTAS E FEMINISMOS: DIFERENTES PERCEPÇÕES SOBRE O EXERCÍCIO DO TRABALHO SEXUAL

Autores

  • Fabiana Rodrigues de Sousa Programa de Pós-Graduação em Educação (UNISAL)

Palavras-chave:

Prostituição, Autodeterminação, Feminismos, Educação Popular

Resumo

A prestação voluntária de serviços sexuais é analisada a partir de perspectivas lançadas por diferentes correntes feministas. Com a pretensão de defender os direitos das mulheres constroem-se discursos sobre prostituição que impelem a prostituta a situar-se em um dos polos: escrava sexual destituída de agência ou agente que subverte a ordem sexista. Todavia, resultados de pesquisas realizadas em diálogo com mulheres que exercem prostituição em casas noturnas de São Carlos/SP e em ruas e praças das cidades de Belo Horizonte/MG, Campina Grande/PB, João Pessoa/PB e Recife/PE demonstram que as mesmas não se fixam em nenhum desses polos – escrava sexual ou agente subversivo – mas transitam entre eles, nutrindo motivações e discursos sobre seu fazer que se transformam e ganham sentido conforme suas trajetórias e projetos de vida. O objetivo desse artigo é descortinar algumas dessas formas de perceber a prática da prostituição, lançando mão de construções teóricas elaboradas por correntes feministas e por mulheres que se ocupam dessa atividade. 

Biografia do Autor

Fabiana Rodrigues de Sousa, Programa de Pós-Graduação em Educação (UNISAL)

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (UNISAL). Pedagoga e Doutora em educação pela UFSCar, onde também concluiu curso de pós-doutoramento. Atua como parecerista ad-hoc do GT06 - Educação Popular/ANPEd.

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AUTOR, 2012

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Publicado

16-12-2016

Edição

Seção

Evento: Seminário Étnico-Racial