AUTODETERMINAÇÃO DE PROSTITUTAS E FEMINISMOS: DIFERENTES PERCEPÇÕES SOBRE O EXERCÍCIO DO TRABALHO SEXUAL
Palavras-chave:
Prostituição, Autodeterminação, Feminismos, Educação PopularResumo
A prestação voluntária de serviços sexuais é analisada a partir de perspectivas lançadas por diferentes correntes feministas. Com a pretensão de defender os direitos das mulheres constroem-se discursos sobre prostituição que impelem a prostituta a situar-se em um dos polos: escrava sexual destituída de agência ou agente que subverte a ordem sexista. Todavia, resultados de pesquisas realizadas em diálogo com mulheres que exercem prostituição em casas noturnas de São Carlos/SP e em ruas e praças das cidades de Belo Horizonte/MG, Campina Grande/PB, João Pessoa/PB e Recife/PE demonstram que as mesmas não se fixam em nenhum desses polos – escrava sexual ou agente subversivo – mas transitam entre eles, nutrindo motivações e discursos sobre seu fazer que se transformam e ganham sentido conforme suas trajetórias e projetos de vida. O objetivo desse artigo é descortinar algumas dessas formas de perceber a prática da prostituição, lançando mão de construções teóricas elaboradas por correntes feministas e por mulheres que se ocupam dessa atividade.
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